Em Minas Gerais
Para a nossa alegria,
Alexandra chega com o seu Festejo em Minas Gerais!
Veja a publicação completa de Ailton Magioli aqui.
Depois
da baiana Glória Bonfim, que dedicou o disco Santo e orixá/Anel de ouro à
produção solitária do ex-patrão – antes de se lançar cantora ela foi
cozinheira do compositor carioca –, agora é a vez de a maranhense Alexandra
Nicolas lançar Festejos – Senhora das Candeias do Maranhão, com o qual faz sua
leitura da alma feminina de Paulo César Pinheiro.
Afinal,
que mulher é essa revelada pela música do compositor, um dos mais proficientes
da cena MPB? “É a mulher rural, mesmo. É como se a gente fizesse uma viagem
pelo interior do nosso estado e encontrasse lavadeiras, cantadoras,
quebradeiras de coco, enfim, a mulher brejeira praticamente em extinção”,
afirma Alexandra, que vai do samba à chula, passando pelo coco, samba de roda e
outros ritmos brasileiros no CD com seis das 13 faixas assinadas solitariamente
por Paulo César Pinheiro.
Segundo
Alexandra, o projeto nasceu de um show que ela fez em 2009, no qual havia
incluído a porção religiosa do compositor, cantada por Glória Bonfim. “Respeito
o candomblé, mas não é a minha religião”, diz a católica, nascida e criada em
um estado rico em sincretismo religioso.
RAÍZES: Filha de mãe solteira, criada por três mulheres,
Alexandra Nicolas diz ter-se encantado pelo universo feminino de Paulo César
Pinheiro. “Costumo dizer que Paulo César canta a minha infância”, emociona-se a
artista, que já foi inclusive Imperatriz do Divino Espírito Santo em São Luís,
onde mora. Passada a Copa do Mundo, em agosto ela pretende iniciar pelo Rio de
Janeiro a turnê de lançamento nacional de Festejos..., elogiado pelo próprio
compositor no encarte.
“Abram
alas para Alexandra que a festa começou”, escreveu Paulo César Pinheiro, que,
mesmo tendo participado da pesquisa de repertório ao lado da cantora, teria se
surpreendido com o resultado do CD, em que não falta sequer a oportuna
homenagem ao Maranhão, que legou ao Brasil o tambor de crioula e o boi-bumbá,
nas faixas Ava Canindé e São Luis do Maranhão.
No
mais estão lá Balacoxê de Iaiá, que remete às iaiás do samba dos canaviais do
Rio e de Pernambuco; Passista, dedicada às dançarinas dos terreiros das
escolas; Coqueiro novo, Coco e Coco da canoa, que, como sugerem os próprios
títulos, são produto do mais puro ritmo nordestino, assim como a chula Bisavó
Madalena e o samba de roda Roda das sete saias.
Porta
de entrada no rico universo feminino do compositor, que não para de surpreender
os fãs com sua intensa produção autoral, além da criação solitária de Paulo
César Pinheiro, o CD traz parcerias com João Lyra, Wilson das Neves e Roque
Ferreira.
edit
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