Festejos

| 10 de abr. de 2014 | , , |


Nossa linda Alexandra está conquistando o Brasil! Hoje, o jornalista João Pimentel, de O Globo, publicou uma bela reportagem sobre Festejos. Confira!!

"Para preparar o repertório do CD, Alexandra teve acesso ao baú de inéditas do compositor Paulo Cesar Pinheiro, e de lá pescou 13 canções compostas em parceria com Wilson das Neves, João Lyra e Roque Ferreira.
Acompanhada por um time de músicos cariocas do primeiríssimo time (Mauricio Carrilho, João Lyra e Pedro Amorim, entre outros) liderado pela cavaquinista Luciana Rabello (também diretora artística do selo Acari Records, que lança o projeto), Alexandra Nicolas ilumina a poesia de Paulo Cesar Pinheiro com interpretações ensolaradas e com pitadas regionais.
O site da cantora traz vídeos, depoimento de Paulo Cesar Pinheiro e outras informações, no http://www.alexandranicolas.com.br/

Alexandra Nicolas

CD Festejos

Já na faixa que abre o lindo CD “Festejos”, a maranhense Alexandra Nicolas entoa os versos de “Mironga”, de Paulo Cesar Pinheiro: “Tem quem bate e faz zoeira/ Tem quem toca como o quê/ Quem comprou tambor na feira/ Esse não sabe bater”. O poeta entende do riscado e jamais abriria seu precioso baú de letras e melodias para uma aventureira qualquer. A cantora chama atenção pela autoridade com que desvendou dentro da obra do compositor o universo feminino, as homenagens às mulheres brasileiras. Às cantadoras, às lavadeiras, à mulher do interior e do litoral como bem diz Pinheiro no encarte do disco. E nessa viagem, é claro que ela encontrou verdadeiros diamantes. O fato de Alexandra ter centrado sua pesquisa na alma feminina do poeta ao invés de restringir, abriu um leque maravilhoso de ritmos, conceituando de forma exemplar o trabalho.
Compositor compulsivo, Paulo Cesar Pinheiro consegue aliar de forma única quantidade e qualidade quando muitos de seus pares de geração se espreguiçam em redes de conforto, de preguiça ou até mesmo de vazio criativo.
Com direção musical da cavaquinista Luciana Rabello e a participação de instrumentistas como os violonistas Maurício Carrilho e João Lyra, o bandolinista Pedro Amorim, o pandeirista Celsinho Silva, entre outros, garantia de arranjos e execuções primorosas, coube a Alexandra mostrar seu talento interpretativo, seu timbre saboroso, o que fez com maestria. O resultado é um dos discos mais bonitos que ouvi ultimamente. Um passeio por sambas, sambas-de-roda, cocos, chulas... Chama atenção o fato de seis das treze músicas serem assinadas apenas por Pinheiro, o que mostra que ele é genial também nas melodias, no conhecimento profundo de ritmos. “Balacoxê de Iaiá” remete às iaiás do samba das regiões dos canaviais do Rio e de Pernambuco; “Passista”, claro, às dançarinas dos terreiros das escolas; já o coco embala a belíssima “Coqueiro novo”, “Coco” e “Coco da canoa”, esta em parceria com João Lyra. Com Lyra ele também assina “Presente de Iemanjá”.
De Pinheiro e Wilson das Neves, Alexandra gravou “Lavadeira”, fez ótimas releitura de “Soberana” e da chula “Bisavó Madalena” (“Nunca vi, vou contar pra vocês/ Dançarina igual minha bisavó/ Madalena com cento e dezesseis/ Não perdia a pisada do forró”). De outra parceria profícua, com o baiano Roque Ferreira, ela pescou o delicioso samba-de-roda “Roda das sete saias”.  Duas músicas fecham o disco de forma magistral, “Ava Canindé” e “São Luiz do Maranhão”, uma homenagem ao estado que nos deu o tambor de crioula, o boi-bumbá e outras tantas manifestações fundamentais da nossa cultura.

Que os santos da música abençoem a voz e o talento de Alexandra!"
edit

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